terça-feira, 17 de abril de 2012

ADULTERAÇÃO PROSAICA


NOBRES:
A corrupção se alojou em quase a totalidade de segmentos da política brasileira, espalhou e contaminou o país estando imbuído nos demais setores esse grande mau “o câncer imoral”, mormente da forma qualificada e que seus agentes discorrem sobre o tema com despudor e que consideram perfeitamente normais, a ponto que a exigência de habilitação no serviço público é acessada por qualificação escusas de seus agentes – ser maquiavélico e experiente, a pretexto –. Por esta razão algumas perguntas me acometem e ao mesmo tempo analisamos alguns questionamentos que nos trazem resposta mais explicita: a corrupção no nosso país vem crescendo nas últimas décadas? Porque o Congresso Nacional, na prática aboliu as cassações de mandato como forma de punição? - Idêntico modo vem tomando corpo generalizado quanto aos estados e municípios-. As Assembleias Legislativas dos Estados apreciam vetos sem ter o pudor de mantê-los: contrariando a independência dos poderes: É essencialmente subserviente ao governo do executivo. - Câmaras Municipais? – ora, cassaram alguns mandatos que em sua sapiência eram realmente “ladrões do bem público”; mas, o que se verifica, é que usaram dessa premissa, apenas para guardar interesses por uma “banda apodrecida” despontada através das ações que a sociedade tem vivenciado. Nesses municípios são notórias a formação de coalizão de partidos dá sustentação aos governos e divide o poder com eles, no intuito de promover o fortalecimento das bases “corruptas” que dão sustentação ao governo de plantão. Neste sentido a Ficha Limpa talvez antepare que o político eleito suje sua ficha dentro do parlamento, porém quase todos estão momentaneamente abrigados no Executivo. Os lobbies corruptores continuam cooptando parlamentares? A sanção social é uma forma eficiente para se coibir a corrupção? As possíveis respostas óbvias até, sinalizam que a corrupção agora está mais rasteira e que a classe política se apresenta com o perfil mais vulgar. Acreditamos que o exercício democrático dos últimos anos tem funcionado como forma de aperfeiçoamento civilizatório, com avanços nos direitos da sociedade e uma melhor visão social. Mas é evidente que a vulgaridade moral em boa parte da classe política ainda prevalece. Nossa esperança é que o país e de forma existencial os estados e municípios, com uma população mais exigente, demandará melhores representantes num futuro já muito próximo. Com certeza, temos muito que caminhar para o bom combate às maldades sociais que prevalecem nas nossas instituições: política sem princípios; riqueza sem trabalho; prazer sem consciência; conhecimento sem caráter; coisa sem moral; ciência sem humanismo; religião sem sacrifício e direito sem responsabilidade. Um desses princípios é fundamental o eleitor deixar de ser parceiro do político corrupto em toda sua intensidade. Iniquidades calhadas por corretos políticos que nos legaram experiência e ensinamentos. O básico de uma nação é investir para transformação dos costumes e consequentemente da nossa cultura que é perfeitamente mutável. Na ocasião em que valorizarmos a Educação e aperfeiçoarmos a Justiça, aí sim, seremos um grande país.
Antônio Scarcela Jorge

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