quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

DIFICULDADES NA EDUCAÇÃO


Nobres:
Ao abrir as notícias da grande mídia, deparei-me com os dados inerentes a educação em nosso país, que mostra o estado deplorável e contraditório em que se situa. Estima-se em três milhões e oitocentas mil crianças e jovens fora da escola, e padrões inferiores de ensino, o Brasil encontra dificuldade em assumir posição de destaque entre as mais prósperas economias do planeta. Prosperam dois tipos de analfabetismo: o estrutural, com origem na desigualdade social, e o funcional, fruto de problemas na organização de ensino. Não é hora de se avaliar toda metodologia educacional? Como estruturar o modelo vigente para metabolizar os avanços da ciência e da tecnologia? Distribuição de tablets para professores e alunos tem significado? Os instrumentos lógicos do raciocínio são dimensionados para conciliar a era do computador com a capacidade de conectar ideias e fazer desabrochar a criatividade? Não podemos aceitar o contingente imenso de analfabetos quando a demanda de mão de obra qualificada aumenta exponencialmente. Que fazer quanto  milhões de empregos exigem tecnologia sofisticada? Como agir quando a tecnologia transforma radicalmente ocupações nos campos da saúde, produção de energia, processamento de alimentos, construção e manutenção de equipamentos científico, educacional, militar e industrial? É sensato criarmos geração de brasileiros cientifica e tecnologicamente analfabeta? Por que as Secretarias Estaduais de Educação, em vez de abarcar em aventuras políticas de cada novo ministro, não se inclinam a restabelecer nova metodologia para o ensino noturno, em quase 90% dos estudantes são trabalhadores? Por que não restabelecem, os Institutos de Educação e Escolas Normais, a grandeza de Centros de Excelência na formação de professores para o Ensino Fundamental e para atuar do antigo C.A à 4ª série? Por que não se fazem pesquisas que constatem a ineficiência de professores, e não dos alunos? Não é saudosismo nosso – não? A democratização da educação não se exaure no simples acesso ao conteúdo da educação. São estatísticas que nos deploram. E o pior a situação do estilo educacional nos ataca de forma generalizada. Não é muito diferente em cada Estado da Federação. Aqui: “mais embaixo, a educação se apresenta pior”. Não existe consciência em todos os setores para melhoria da qualidade. Não há vocação para novos empreendimentos: só pensam em conquistas sutis para capitalizar efeitos politiqueiros para os seus gestores. Por isso surge uma das causas que “estima” em quase quatro milhões de crianças e adolescentes fora da escola.
Antônio Scarcela Jorge

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