sexta-feira, 23 de março de 2012

METODOLOGIA NO ENSINO PÚBLICO


Nobres:
Avalia-se em três milhões e oitocentas mil crianças e jovens fora da escola com padrões inferiores de ensino público no país. O Brasil encontra dificuldade em assumir posição de destaque entre as mais prósperas economias do planeta. Prosperam dois tipos de analfabetismo: o estrutural, com origem na desigualdade social, e o funcional, fruto de problemas na organização de ensino. Não é hora de se medir toda metodologia educacional? Como estruturar o modelo vigente para metabolizar os avanços da ciência e da tecnologia? Distribuição de tablets para professores e alunos tem significado? Os instrumentos lógicos do raciocínio são dimensionados para conciliar a era do computador com a capacidade de conectar ideias e fazer desabrochar a criatividade? Não podemos aceitar o contingente imenso de analfabetos quando a demanda de mão de obra qualificada aumenta exponencialmente. Que fazer quanto milhões de empregos exigem tecnologia sofisticada? Como agir quando a tecnologia transforma radicalmente ocupações nos campos da saúde, produção de energia, processamento de alimentos, construção e manutenção de equipamentos científico, educacional, militar e industrial? É sensato criarmos geração de brasileiros cientifica e tecnologicamente analfabeta com maior acentuação no nordeste? Por que as Secretarias Estaduais de Educação, em vez de compactuar em aventuras políticas de cada novo ministro em Brasília, não se inclinam a restabelecer nova metodologia para o ensino noturno? As Secretarias Estaduais tem autonomia e não seguir rigorosamente ações da União, especificamente as Pastas de Educação ministerial? Podemos harmonizar as nossas conveniências locais? Por que não restabelecem, os Institutos de Educação e Escolas Normais, a grandeza de Centros de Excelência na formação de professores para o Ensino Fundamental e para atuar do antigo C.A à 4ª série? Por que não se fazem pesquisas que constatem a ineficiência de professores, e não dos alunos? Não é saudosismo nosso – não? São as nossas indagações próprias da sociedade que não pode prescindir de uma metodologia que poderia ser permanente servindo de base para o aprendizado. A democratização da educação não se exaure no simples acesso ao conteúdo da educação. São estatísticas que nos deploram. E o pior a situação do estilo educacional nos ataca de forma generalizada. Não é muito diferente em cada Estado da Federação. Aqui: “mais em cima (aspecto geográfico) a educação se apresenta pior”. Não existe consciência em todos os setores para melhoria da qualidade. Não há vocação para novos empreendimentos: só pensam em conquistas sutis para capitalizar efeitos politiqueiros para os seus gestores. Vamos incluir métodos anteriores que jamais poderia ser alijado no setor. É por deveras eficiente, associados as metas que foram vivenciadas no passado, planos mais incisivos agregados a tecnologia educacional moderna a ser implementada no país. É no que faz rogar.
Antônio Scarcela Jorge

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