NOBRES:
Passando
às vezes vou de encontro ao nosso povo, entre segmentos distingo o olhar
“vesgo” de políticos habitados na “terrinha” que não toleram a maneira de não termos
um comportamento bem a modo da prática em que conduz os nossos munícipes de
forma “medical” único padrão de convivência a seus interesses de políticos
profissionais. Não imaginam que longe de conceitos desabonadores de suas ações,
abraçando uma tática maléfica para sociedade, onde as picuinhas e as brigas preceituam
o incompatibilidade partidário (aliás, só temos uma entidade partidária
informal – a de governo plantonista e a oposição que tem o fim exclusivo de
retomar o poder não para servir o povo, mas uma parcela de interesses
corporativistas e pessoais). Se fosse colocado as razões intrínsecas da
comunidade antes de tudo teriam como alternativa agendar pleitos que a sociedade tanto reclama. Neste encontro
seria dar maior vazão ao ensino, esse é ponto estratégico de convivência com a
sociedade. As ações vêm da cúpula e na prática são elementos de base. Sem essa
ação, torna-se paliativa os efeitos necessários para transformar em eficiência
outros setores como saúde e segurança, partindo da premissa que a educação é a
partida para catequização do homem. Aqui somos partidários de uma educação que
flutua na mais importante ação humana. Exilado neste conceito em analisar a
educação, encontramos formas transcendentes no sentido de aplicar conceitos bem
acima do que vemos realizar. De forma generalizada em todos os setores dos
entes governamentais, entendemos que a educação tem pelos menos três
finalidades que inicialmente prepara o homem para compreender sua biologia e
cuidar de seu corpo; dotar de conhecimentos e habilidades para o domínio da
linguagem, do pensamento, das ciências e das técnicas e, literalmente
desenvolver sua “humanidade”, no sentido de equipará-lo de um código de censura
para distinguir entre o bem e o mal, respeitar e amar o próximo e, com ele, conviver
em paz e segurança. Assim, educar é promover o desenvolvimento físico,
intelectual e moral do ser humano, para superar o estado de “bestialidade”
causadora da brutalidade, da insensibilidade diante do sofrimento e da dor do
outro. Educar é, portanto, humanizar, sair da selvageria para a verdadeira
civilização, no sentido de tolerar as diferenças, rejeitar o mal e adotar o
bem. Sabemos que o atual clima que vivemos está num patamar em busca dos
primeiros degraus para escalar esse conceito. Colimando com esta incessante
busca não há outra história, e certamente promoveremos a evolução do homem a
qualquer custo, e encontraremos à educação como norte no sentido de realizar
uma tarefa a ser ensejada de forma tripartite pela família, condição
indispensável para viabilizar qualquer ação: pelo Estado e pela escola. Se uma
dessas instituições falha no cumprimento de sua parte, a educação é prejudicada
e deformações aparecerão no comportamento das pessoas. Fatos recentes em nossa
cidade aconteceram de forma considerada simples, mas, fizeram o espelho desta
questão. Os maus comportamentos e grupos (temos, por exemplo, a selvageria e
mortes nas torcidas organizadas de futebol) e a violência social tem raízes na
incapacidade do sistema educacional em domesticar o animal homem e dar-lhe
humanidade. Portanto, falha da família, do Estado e da escola. Esse assunto
comporta muitas controvérsias, pois cabe perguntar quanto o comportamento
humano é genético (logo sem muito conserto), quando deriva do meio ambiente
(condições de bem-estar) quando é fruto da educação recebida. Alguns pensadores
afirmam que os assassinos sanguinários não têm culpa consciente de seus atos,
pois são vitimas de sua genética. Desta forma, a única esperança de evolução
intelectual e moral do ser humano estão na educação, a qual tem também a tarefa
de preparar tecnicamente homem para o trabalho e para o processo produtivo, sem
o qual não há melhoria do bem-estar material nem melhoria própria na educação,
pois essa depende de recursos materiais, humanos e financeiros. Por isso,
sempre que falha a família, a escola ou o Estado, a sociedade perde, e perde
muito. O mote deste comentário é a informação veiculada nesta semana de que a
ascensão da classe C provocou nos últimos dez anos, uma perda de quase cinco
milhões de estudantes nas escolas públicas de educação básica, enquanto as
escolas privadas tiveram um aumento de mais de um milhão de matriculas em todo
país. Esses dados indicam algo inquestionável: a percepção da sociedade é que o
ensino privado é melhor que o ensino público. Em síntese devemos examinar a voz
do povo sem dogmatismo nem rancores, e ela está dizendo que a escola pública
está falhando. Não que a escola privada seja ótima. Não se trata disso, mesmo porque
estamos no Brasil e se há algo que não acompanhou a evolução econômica do país
é o setor educacional formal. Ainda é hora para perceber de forma racional e eloquente.
Antônio
Scarcela Jorge
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