sábado, 5 de maio de 2012

FOCADO NA EDUCAÇÃO


NOBRES:
Passando às vezes vou de encontro ao nosso povo, entre segmentos distingo o olhar “vesgo” de políticos habitados na “terrinha” que não toleram a maneira de não termos um comportamento bem a modo da prática em que conduz os nossos munícipes de forma “medical” único padrão de convivência a seus interesses de políticos profissionais. Não imaginam que longe de conceitos desabonadores de suas ações, abraçando uma tática maléfica para sociedade, onde as picuinhas e as brigas preceituam o incompatibilidade partidário (aliás, só temos uma entidade partidária informal – a de governo plantonista e a oposição que tem o fim exclusivo de retomar o poder não para servir o povo, mas uma parcela de interesses corporativistas e pessoais). Se fosse colocado as razões intrínsecas da comunidade antes de tudo teriam como alternativa agendar pleitos  que a sociedade tanto reclama. Neste encontro seria dar maior vazão ao ensino, esse é ponto estratégico de convivência com a sociedade. As ações vêm da cúpula e na prática são elementos de base. Sem essa ação, torna-se paliativa os efeitos necessários para transformar em eficiência outros setores como saúde e segurança, partindo da premissa que a educação é a partida para catequização do homem. Aqui somos partidários de uma educação que flutua na mais importante ação humana. Exilado neste conceito em analisar a educação, encontramos formas transcendentes no sentido de aplicar conceitos bem acima do que vemos realizar. De forma generalizada em todos os setores dos entes governamentais, entendemos que a educação tem pelos menos três finalidades que inicialmente prepara o homem para compreender sua biologia e cuidar de seu corpo; dotar de conhecimentos e habilidades para o domínio da linguagem, do pensamento, das ciências e das técnicas e, literalmente desenvolver sua “humanidade”, no sentido de equipará-lo de um código de censura para distinguir entre o bem e o mal, respeitar e amar o próximo e, com ele, conviver em paz e segurança. Assim, educar é promover o desenvolvimento físico, intelectual e moral do ser humano, para superar o estado de “bestialidade” causadora da brutalidade, da insensibilidade diante do sofrimento e da dor do outro. Educar é, portanto, humanizar, sair da selvageria para a verdadeira civilização, no sentido de tolerar as diferenças, rejeitar o mal e adotar o bem. Sabemos que o atual clima que vivemos está num patamar em busca dos primeiros degraus para escalar esse conceito. Colimando com esta incessante busca não há outra história, e certamente promoveremos a evolução do homem a qualquer custo, e encontraremos à educação como norte no sentido de realizar uma tarefa a ser ensejada de forma tripartite pela família, condição indispensável para viabilizar qualquer ação: pelo Estado e pela escola. Se uma dessas instituições falha no cumprimento de sua parte, a educação é prejudicada e deformações aparecerão no comportamento das pessoas. Fatos recentes em nossa cidade aconteceram de forma considerada simples, mas, fizeram o espelho desta questão. Os maus comportamentos e grupos (temos, por exemplo, a selvageria e mortes nas torcidas organizadas de futebol) e a violência social tem raízes na incapacidade do sistema educacional em domesticar o animal homem e dar-lhe humanidade. Portanto, falha da família, do Estado e da escola. Esse assunto comporta muitas controvérsias, pois cabe perguntar quanto o comportamento humano é genético (logo sem muito conserto), quando deriva do meio ambiente (condições de bem-estar) quando é fruto da educação recebida. Alguns pensadores afirmam que os assassinos sanguinários não têm culpa consciente de seus atos, pois são vitimas de sua genética. Desta forma, a única esperança de evolução intelectual e moral do ser humano estão na educação, a qual tem também a tarefa de preparar tecnicamente homem para o trabalho e para o processo produtivo, sem o qual não há melhoria do bem-estar material nem melhoria própria na educação, pois essa depende de recursos materiais, humanos e financeiros. Por isso, sempre que falha a família, a escola ou o Estado, a sociedade perde, e perde muito. O mote deste comentário é a informação veiculada nesta semana de que a ascensão da classe C provocou nos últimos dez anos, uma perda de quase cinco milhões de estudantes nas escolas públicas de educação básica, enquanto as escolas privadas tiveram um aumento de mais de um milhão de matriculas em todo país. Esses dados indicam algo inquestionável: a percepção da sociedade é que o ensino privado é melhor que o ensino público. Em síntese devemos examinar a voz do povo sem dogmatismo nem rancores, e ela está dizendo que a escola pública está falhando. Não que a escola privada seja ótima. Não se trata disso, mesmo porque estamos no Brasil e se há algo que não acompanhou a evolução econômica do país é o setor educacional formal. Ainda é hora para perceber de forma racional e eloquente.
Antônio Scarcela Jorge

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