quarta-feira, 16 de maio de 2012

INDÚSTRIA DA SECA


Os políticos em sua maioria pertencentes às redes de cooperação aguardam com ansiedade o desenrolar dos acontecimentos com o projeto corporativista entre elites econômicas para decretos governamentais de situação de emergência em que utilizam a irracionalidade das classes sociais de maior carência, para abrir de vez grandes interesses em relação a esse fenômeno climatérico que há séculos não houve atenção de governo para solucionar os efeitos causados pela falta de chuvas. A QUEM INTERRESSA A INDÚSTRIA DA SECA? – encontra-se resposta obvia: o governo (seja ele de qualquer época) que enseja a aplicação de recursos em sua maioria voltada para os mais vivos interesses eleitoreiros: foi sempre assim, não muda de configuração desde a seca de 1958 até o presente. Entre parceiros que modula atenção é o empresariado e grandes produtores de outras regiões que disponibilizam sua produção para “os flagelados” da seca. Consolida-se esta questão que o grande beneficiado são as classes econômicas e políticas. Podem realizar obras de qualidade duvidosa, obviamente com a dispensa de licitações, ora quando se faz necessária em outro momento, os políticos usam da safadeza em superfatura-las apostando na impunidade. Aproveitam da maioria dos eleitores para atender seus pleitos que abrem um “sorriso” quando vê “um carro pipa” derramar agua poluída em sua grandíssima maioria nas calçadas (se é que tem) de suas residências: mesma coisa acontece quando vir “os quebra-molas” sendo erguidos nas suas ruas. Porque os transgressores da legislação do trânsito não venham assumir as suas irresponsabilidades por danos causados ao patrimônio e a vida humana, em vez que o próprio Poder tome pra si, tamanha irresponsabilidade em tomar ações desta monta? Quem paga é o cidadão, através de uma carga de impostos plurais para proprietários de veículos. Será que teríamos de chegar ao Denatran e ao Contran para retomar atribuições direcionadas ao trânsito setorial? Essas atenções não são prioritárias, mas se estabelece ações de empreendimentos, que disponibilizam o erário. – esta é pior do que a indústria da seca, é a, indústria da irracionalidade de um povo sofrido, que agradece penhoradamente os agentes por serem desconhecedores de propostas de bem uso da comunidade. Essas pessoas, são veles deletérios de uma classe acostumada a fazer uso de interesses comuns. Em resumo, a “Indústria da Seca” num “dialeto” claro e insofismável é um termo utilizado para designar a estratégia de alguns políticos que aproveitam a tragédia da seca na região nordeste para ganho próprio. O termo começou a ser usado na década de 60 por um notório jornalista que já denunciava os problemas de nossa região. As questões sociais no chamado “polígono das secas” são bastante conhecidos por todos, mas nem todos sabem que não precisava ser assim. A seca em si, não é o problema. Países como os Estados Unidos que cultivam áreas imensas e com sucesso em regiões como a Califórnia, onde chove sete vezes menos do que no polígono da seca, e Israel, que consegue manter um nível de vida razoável no deserto, são provas disso. A seca é um fenômeno natural periódico que pode ser contornada com o monitoramento do regime das chuvas, implantação de técnicas próprias para regiões de escassez hídrica ou projetos de irrigação e açudes, além de alternativas. Estes últimos, porém, são frequentemente utilizados para encobrir desvios de verbas em projetos superfaturados ou em troca de favores políticos. Os “industriais da seca” se utilizam da calamidade para conseguir mais verbas, incentivos fiscais, concessões de créditos e perdão de dividas valendo-se da propaganda de que o povo está morrendo de fome. Enquanto isso, o pouco dos recursos que realmente são empregados na construção de açudes e projetos de irrigação, torna-se inútil quando estes são construídos em propriedades privadas de “latifundiários” que os usam para fortalecer seu poder de ou então, quando por falta de planejamento inadequado se tornam imensas obras ineficazes. O Açude Cedro, é frequentemente utilizado como referência para descrever esse tipo de empreendimento da indústria da seca: com capacidade para aproximadamente 126 milhões de metros cúbicos, foi construído em pedra talhada à mão, com esculturas e barras de ferro importadas, mas que chegou a secar completamente no período de 30 a 32, durante um dos piores períodos de seca enfrentados pelo nosso estado. Mais uma obra faraônica, na longa história de projetos faraônicos da indústria da seca. É claro que esta obra constitui um patrimônio histórico e cultural importante, mas é como distribuir talheres de prata para quem não tem o que comer. É triste ver a situação do nordeste, seu povo, por ignorância de sua maioria se torna parceiro e até endeusa os políticos e contribuem acintosamente com suas permanências no poder. A nossa região e, quiçá, no nosso estado, à história se repete ao longo dos anos, os políticos não buscam solução para os problemas geradores da seca. Sabemos que são a eles interessam a permanência de um povo carente e dependente da educação e da cultura, um encargo que eles interessam. Também existem projetos que até agora não saem do “papel” como o açude fronteiras que objetaria transpor para bacias intermediaria com fins de prover o abastecimento da agua e irrigar. Esse projeto já sofreu adaptações em vez que se situar a capacidade original que estimava em Um milhão de metros cúbicos de agua, já o novo projeto, aliás, sem previsão para o inicio das obras, diminuíram por metade a capacidade. O que prever, certamente ensejando protestos em relação a distritos que não aceitam ficarem submersos: inviabilizam as transferências dos moradores para outras áreas (aí é que o governo acha bom!) obviamente pedindo revisão do projeto, o que se prever, realizando o inicio de sua construção talvez seja menor do que o Açude Farias de Sousa neste município, este, que estabeleceu o emaranhado de contradições e mau uso dos recursos da União, ao promover indenizações aos ocupantes das imediações da área ensejando as devidas transferências das moradias: estes nunca saíram e lá, caracterizando entre milhares de ações que estimulam a permanecia do maior empreendimento industrial escuso: A INDUSTRIA DA SECA, - assim não dá! – meu BRASIL, BRASILEIRO.
Antônio Scarcela Jorge   

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