Dentro
de uma linhagem de opinião tenho pautado a elevar assuntos de cunho nacional,
Porém disserto oportunamente os questionamentos setoriais quando se estabelece
o caso. Como não poderia deixar de ser, volto as atenções sobremodo, as
eleições municipais, onde o mais importante evento nessa camada é: - a capital
paulista-, por concentrar no maior centro urbanístico do país, onde se
evidencia também como maior referencial político e econômico do país ostentando
o maior orçamento municipal e o terceiro do país, logo atrás da União e do
Estado de São Paulo. Imbuído na contradição encontrada em ações setoriais,
darei vazão também ao senso crítico de nossa sociedade que tem uma visão
escorreita do nosso dia-a-dia. Primeiramente trato como de suma importância, como
“espelho urbanístico de maior do país” obviamente se torna como central o tema em
se tratando de “embates” eleitorais. Desta forma como qualificar ações
preliminares visando a escolha dos partidos naturalmente estabelecendo acordos
para indicações das candidaturas à Prefeito e Vice, especialmente. Pragmatismo,
realismo, impudência não foram inventados pelo ex-presidente Lula quando
decidiu cortejar o seu arqui-inimigo Paulo Maluf e, em troca, receber o apoio
para seu candidato à prefeitura de São Paulo, Fernando Haddad. Imprecisões,
perífrase e truques verbais, geralmente cínicos, fazem parte da moral ibérica
que ao longo dos séculos permeou nossos padrões de exigência, permitindo entre
o decente e indecente. Sobretudo na esfera política. Por exemplo: José Sarney
foi um dos principais representantes do regime militar no Congresso e, mesmo
assim, Tancredo Neves o escolheu como companheiro de chapa para derrotar no
Colégio Eleitoral o adversário Paulo Maluf, representante da linha dura. A
benção deste mesmo Maluf ao candidato paulistano de Lula não é extraordinária –
ao contrário, é bem ordinária. Comum. Surpreendeu apenas aqueles que ignoravam
nosso acervo histórico. Feito notável, admirável, merecedor de louvores e prosa
e verso foi a renúncia da pré-candidata a vice de Haddad, a deputada Luiza
Erundina (PSB-SP), que teve a suprema audácia de abrir mão da indicação,
ultrajada pelo apoio que sua chapa receberia de uma figura que tanto abomina.
Com a candura e a inteireza que a caracterizam, porém sem apelar para
adjetivos, a ex-prefeita deixou claro que não se sentiria à vontade com o apoio
de alguém que sempre combateu. Como foi tema do meu comentário anterior,
abdicar e renunciar, agora dando uma nova conotação em sentido ético, sobretudo
com coerência com valores morais, constitui um ato excepcional em uma sociedade
onde impera o vale-tudo para chegar e manter-se no poder. Erundina não quis
trair os seus tradicionais eleitores e trocou os holofotes que a acompanhariam
no palanque da mais importante disputa do próximo pleito para manter-se como uma
mais diligente e respeitadas deputadas. - “Cá como meus botões”-: fico a
meditar sobre o distanciamento cultural, ético de nossa gente daqui! Fatos
dessa natureza não dão evidência. No desenrolar de uma campanha, tem-se por
conveniência – enganar e ser enganado. É uma retórica parceira entre candidatos
e eleitores. Naturalmente resulta no “afundamento” do desenvolvimento da
sociedade no âmbito administrativo nessas comunidades interioranas, como
setores da Saúde, Educação e Infraestrutura este último se tem um sutil programo
é para atender segmentos que no cotidiano se implanta as mais absurdas “obras”
nas ruas destas cidades, onde o senso de racionalidade passa longe destes atos.
Entre essas questões distintas, mas se resultam na formatação de um destroçado
cenário partidário dominado pela devassidão, pela troca de favores e pelo
despudorado corporativismo, “tanto lá, como cá”.com referências tão marcantes
como essa, o eleitor, de bom senso, perceberá a aberração dos partidos de
aluguel, as farsas que se escondem atrás das siglas e programas partidários, e
o faz de conta que domina as entranhas de uma democracia incapaz de enxergar as
deformações que sofre. Precisava aqui e lá ter “umas Erundinas” para prestarem
enorme favor a uma sociedade moralmente desassistida. Por ações de Erundina que
estabeleceu um novo paradigma neste conturbada política que assistidos
certamente terá o resultado imediato de sua inédita desistência deverá ter
reflexo nos cuidados até nesses políticos acostumados e empenhados no se dar
bem. Alguns excepcionalmente nessa área ainda poderá recuperar-se com
facilidade sobre intempestivas ações de costumes e, se souber converter plurais
exemplos em oportunidade para assumir como efetivo representante da nova geração
de servidores do povo. Esse é o ensejo que se principia.
Antônio
Scarcela Jorge
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