NOBRES:
Como sempre priorizamos as questões
de âmbito nacional para vocacionar o nosso senso crítico: - colocamos na pauta o
que consideramos ser de grande relevância para o país. Umas das atenções dentre
as inúmeras catalogadas para este ano de 2012 – Dentre os poderes constituídos
da república – será as ações do STF. Este ano promete ser de total exposição
para o Supremo Tribunal Federal – STF. Com o fim das férias forenses o Judiciário
retoma as suas atividades a partir de amanhã, dia 1º de fevereiro na instância
máxima da Justiça, uma extensa pauta está à espera de decisão por parte dos
ministros, como temas da máxima relevância para a sociedade. Ampla reportagem publicada na mídia nacional
elenca os assuntos previstos e devem merecer a atenção de todos os cidadãos
brasileiros. Na abertura dos trabalhos um tema vem sacudindo as estruturas do
Judiciário: a apreciação da ação proposta pela Associação dos Magistrados
Brasileiros –AMB- que pede limitação dos poderes do Conselho Nacional de
Justiça (CNJ) para investigar juízes. Verifica-se na vida nacional um momento
marcado por sucessivos escândalos, motivados por denúncias e evidências
cristalinas de corrupção e mau uso do dinheiro público em todas as instâncias
de poder. – no Judiciário inclusive. Manietar a atuação do CNJ, que cumpre
missão constitucional de zelar pelo bom andamento da Justiça, é uma
possibilidade que claramente caminha na contramão da necessidade de um poder
mais ágil e transparente. Entre o corporativismo que pretende fazer do Conselho
um órgão quase que meramente burocrático ou preservar sua essência
investigatória que se faz necessária ao país é a grave decisão que terá que ser
tomada pelos ministros. Na recheada pauta de julgamentos um capítulo à parte
está reservado para o caso do mensalão, tido e havido como o maior escândalo da
história política nacional. Envolvendo gente graúda do primeiro governo do
ex-presidente Lula, a começar pelo ex-ministro José Dirceu, o esquema com o
conluio de políticos, banqueiros e publicitários garantia o pagamento de
propina para parlamentares apoiarem o governo. Tanto é – que Roberto Jefferson
está “vivinho” para reafirmar. Nos porões da corrupção – os citados – continuam
fortes na política, e ainda fazem parte das diretorias de seus respectivos partidos.
Julgar e punir os responsáveis pela farra cometida com o dinheiro público em
troca de obediência cega aos ditames dos “vizinhos” do Palácio do Planalto
(fator semelhante o que está acontecendo com ministros do atual governo – raríssima
exceção – só por outro “esquema”). - É o que se espera do SUPREMO, que precisa
correr contra o tempo para evitar a prescrição da maioria das penas. Possibilidade,
aliás, bastante concreta, caso o processo de muita complexidade e número
elevado de réus: - 38 foram relacionados pela Procuradoria Geral da República –
não seja colocado em tempo neste ano para análise do plenário. Não bastasse a
importância da apreciação da autonomia do CNJ e do mensalão, o Supremo tem em
sua agenda outros processos objeto de muita polêmica no aguardo de
normatização. Assim é com a constitucionalidade das cotas raciais para acesso
ao ensino superior, - A LEI DA FICHA LIMPA – que objeta banir da vida pública
os maus políticos, (alguns embora recém-saídos das cadeias, - por força de
liminares: “liberdade provisória” – num verdadeiro acinte a Justiça e acima de
tudo a sociedade racional e honesta desse país – parece que nada aconteceu e,
como estivesse na plenitude de suas atividades políticas, e até recebe o apoio
de “falsos aliados” que se “perpetuam” - oportunistas de plantão). – O nos
deixa transparecer que – “este país não é sério”-, no notável “saber” daquele
estadista francês ao direcionar o seu “pensamento” em relação ao mau político nosso
Brasil. A Suprema Corte como guardiã da Constituição e é evidentemente de maior
relevância moral deste país, terá que primar pelos anseios da sociedade
brasileira e “apagar” de vez com a imagem negativa do Brasil sobre esses
questionamentos. Como se vê as amplitudes destas questões que a sociedade
espera que sejam resolvidas ainda existem para apreciação e julgamento, a
descriminalização do aborto de feto anencefálico e os limites de investigação
do Ministério Público. Como se vê, são questões sociais de extrema relevância
para o país. A dúvida que se coloca é o fôlego que terá o STF para julgar
tantos e tão complexos processos, se haverá tempo hábil ou se parte deles
voltará para as gavetas. Hipótese que deve ser considerada dando uma passada de
olhos em casos que há anos aguardam pelo julgamento. A legalidade das cotas
raciais à espera de uma decisão final desde 2009 e a questão dos limites de
investigação do Ministério Público, desde 2004, são exemplos disso. Enfim, mais
uma vez, a sociedade racional vai aguardar com esperança.
Antônio Scarcela Jorge.
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