sábado, 4 de fevereiro de 2012

ASTÚCIA DO PROFISSIONAL POLÍTICO


NOBRES:
Na turbulência da história administrativa brasileira, agiganta-se a consciência da sociedade que é preciso avançar na luta contra os tentáculos da corrupção e enquadrar aqueles que manipulam o poder do dinheiro. Sem embargo do trabalho obstinado das instituições encarregadas do controle governamental, a continuidade dos abusos, das fraudes e dos escândalos, estarrece o cidadão, ferem o primado do Direito e agride a luta contra a impunidade, esta última fonte perversa do desrespeito a coisa pública. É preciso implantar no país uma batalha coletiva contra a corrupção, em representação exclusiva da sociedade e do seu clamor por maior transparência, planejamentos, serviços públicos de qualidade e resultados objetivos. O assunto ganha maior repercussão e indignação quando se constata os desvios ocorrem, em maior quantidade, em áreas estratégicas vinculadas à serviço da educação, saúde e segurança pública, numa dispersão de recursos que afeta substancialmente a vida das pessoas, a capacidade de o país crescer, de gerar empregos e combater as desigualdades sociais. Dados recentes, divulgados na mídia nacional, informam que, na última década, seis bilhões desapareceram por ano no percurso que leva os recursos federais aos municípios. Neste mesmo contexto; tem “larápios” e bajuladores com a coragem de se mostrar nas ruas – alimentadas pelos os cinismos, característico de seus caráteres e, fingir que são pessoas de bem – será que alguns no seu íntimo percebem a falta de consciência e de dormir bem? Eis a questão que emplaca nessa gente apodrecida pela moral e de defender o imoral. Será que tem a coragem de prosseguir com a carreira política profissional que carregam por várias décadas? Tentando enganar a humilde população dos municípios em sua maioria considerados pequenos – que tem o intuito de até no presente sensibilizá-los pela compra do voto -. Então iremos analisar com profundidade que o governo federal cobra “de maneira formal” R$ 1 bilhão as prefeituras de todo país. O desvio é resultado de um vergonhoso conluio entre gestores, políticos e servidores e representação perversa do avanço sobre os cofres da União, do esvaziamento ético e de abalos no mundo dos valores. Nos últimos anos o TCM, exige uma conta que até agora não foi paga, de agentes públicos dos municípios, fruto de aplicações indevidas dos recursos. De outro lado, está revelado que, entre outros males, a corrupção está assentada em obras inacabadas, projetos malfeitos, serviços recebidos antecipadamente, aditivos resultantes de alterações de cronogramas, cobranças indevidas de impostos, num fragrante elenco de trapaças, ofensa a norma jurídica, aos padrões morais exigidos no trato da coisa pública e aos princípios de administração. O povo, coitado, se contenta na elaboração de eventos festivos que acalenta a irracionalidade convivente neste âmbito. O regime democrático é incompatível com essas aventuras, geralmente associadas a uma cultura deletéria impregnada pelo estigma a crença da impunidade e por condutas condenáveis de pessoas e setores sem compromisso com a probidade e a ética de bem administrar. É preciso implantar em termos generalizados no país uma batalha coletiva contra corrupção, em representação exclusiva da sociedade racional e de seu clamor por maior transparência. Os mecanismos existem por excelência – é só consultar o Portal da Transparência – do TCM, por exemplo- seremos conscientes em exigir planejamento, serviços públicos de qualidade e resultados objetivos. Torna-se inadiável vencer a cultura do aparelhamento, do favorecimento por parte dos políticos, do patrimonialismo, dos costumes anacrônicos afinados com fraudes, do abuso do poder – (esse é um conceito transparente para que o gestor se “trai” por concepção e naturalidade) da relação predatória dos bens públicos para fins privados e do desrespeito aos interesses da coletividade. É necessário institucionalizar o controle social – por meio dos quais os cidadãos avaliarão os serviços públicos-, eliminar as dificuldades de acesso às informações e contas públicas como acima relatei – e capacitar a sociedade para controlar as políticas de desenvolvimento, visando torna-las mais eficientes e com maior qualidade. Para que isso venha acontecer é provável em função da conscientização de uma geração que tem maior consciência – É só esperar-. Por esta razão, a corrupção e a mudanças desse perverso costume, num medialíssimo incomum para os nossos dias -  que pensa ser hereditário – pode ser combatida pela força solidária de seus cidadãos, unidos em torno da convicção de que o município, estado e país deve ser lugar habitado por gestores públicos comprometidos por com os ideais republicanos e, portanto, afastados da esperteza, do oportunismo, da incompetência, e da irresponsabilidade fiscal. A administração pública precisa exorcizar as praticas clientelista, reforçar e estabelecer os mecanismos de controle, privilegiar a competência, a transparência, a ética e o cumprimento de metas. Os gestores deveram se conscientizar que a parceria de seus servidores não visa tão somente transformá-los “em manobra corporativista”. Atualmente um funcionário é demitido por dia na área federal. Aperta-se o cerco e reduz-se o espaço para os velhos paradigmas. O Estado (União - Estados e – Municípios, mui especialmente) no século 21 deve atuar vinculado à utilização de novas tecnologias da informação. As ações inovadoras, aos resultados, a um novo olhar profissional e a um desenho capaz de superar as mazelas que corroem sua estrutura. Estamos convictos de que a caminhada é longa, os retrocessos estão presentes, mas não desistimos da certeza da implantação de uma administração pública eficiente, estratégica e capaz de enfrentar suas incertezas e contradições e, projetar-se a serviço do desenvolvimento. No futuro bem próximo é só conferir.
Antônio Scarcela Jorge.

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