NOBRES:
Este ano promete ser de total
exposição para o Supremo Tribunal Federal – STF, uma extensa pauta está à
espera de decisão por parte dos ministros, como temas da máxima relevância para
a sociedade. Duas questões foram resolvidas com
magnitude: Ratificar poderes inerentes o Conselho Nacional de Justiça e a Lei
da Ficha Limpa, ser validada para as eleições de 2012. A maior conquista da
sociedade em termos do exército político ético. Nestes últimos anos oferecia
resistência através de redes de corporativistas bastante identificados com atos
corruptos, sempre em posição sólida e torciam como caminho as decisões do STF.
Nestas questões ostentou como guardiã das leis, da sociedade evidentemente e da
Constituição. Apesar do momento marcado por sucessivos escândalos motivados por
denúncias e evidências cristalinas de corrupção e mau uso do dinheiro público
em todas as instâncias de poder. – no Judiciário inclusive. Manietar a atuação
do CNJ seria um contrassenso da instituição que cumpre missão constitucional de
zelar pelo bom andamento da Justiça, era uma possibilidade que claramente
caminhava na contramão da necessidade de um poder mais ágil e transparente. Entre
o corporativismo que pretendia fazer do Conselho um órgão quase que meramente
burocrático ou preservar sua essência investigatória que se faz necessária ao
país. Porém a decisão que foi tomada pelo pleno da Corte dos ministros. No
decorrer deste ano o STF tem por agenda a pauta de julgamentos - um capítulo à
parte - está reservado para o caso do mensalão, tido e havido como o maior
escândalo da história política nacional. Envolvendo gente graúda do primeiro
governo do ex-presidente Lula, a começar pelo ex-ministro José Dirceu, o
esquema com o conluio de políticos, banqueiros e publicitários garantia o
pagamento de propina para parlamentares apoiarem o governo. Tanto é – que
Roberto Jefferson um antigo parceiro que foi o primeiro a denunciar o esquema,
por que viu seus interesses contrariados: está aí, para reafirmar. Nos porões
da corrupção – os citados – continuam fortes na política, e ainda fazem parte
das diretorias de seus respectivos partidos. Julgar e punir os responsáveis
pela farra cometida com o dinheiro público em troca de obediência cega aos
ditames dos “vizinhos” do Palácio do Planalto (fator semelhante o que está
acontecendo com ministros do atual governo – com raríssimas exceções – só por
outro “esquema”). - É o que se espera do SUPREMO, que precisa correr contra o
tempo, (deixando de pilotar velhas carroças e optar pela velocidade dos carros
de fórmula 1, pilotados por hábeis das
décadas de 70, até 90, onde o país ostentava as lideranças de Fittipaldi,
Piquet e Senna). Para evitar a prescrição da maioria das penas, possibilidade,
aliás, bastante concreta, (se os carros não enguiçarem!) caso o processo de
muita complexidade pelo número elevado de réus: - 38 foram relacionados pela
Procuradoria Geral da República – não seja colocado em tempo neste ano para
análise do plenário. Como se vê as amplitudes destas questões que a sociedade
espera seja resolvida, ainda existem para apreciação e julgamento, a descriminalização
do aborto de feto anencefálico e os limites de investigação do Ministério
Público. Como se vê, são questões sociais de extrema relevância para o país. A
dúvida ainda se coloca é o fôlego ou à máquina da ética que terá o STF para
julgar tantos e tão complexos processos se haverá tempo hábil ou se parte deles
voltará para as gavetas. Hipótese que deve ser considerada dando uma passada de
olhos em casos que há anos aguardam pelo julgamento. Vale lembrar que requer de
“analise” a legalidade das cotas raciais à espera de uma decisão final desde
2009 e a questão dos limites de investigação do Ministério Público, desde 2004
são exemplos disso. Enfim a sociedade racional está por enquanto aliviada vai
aguardar mais uma vez com otimismo na certeza de que a Corte Suprema inovará
ações moralizadoras com a retomada dos conceitos éticos diante de decisões
recentes do STF objeto próprias do ordenamento jurídico constitucional.
Antônio Scarcela Jorge.
Nenhum comentário:
Postar um comentário