segunda-feira, 19 de março de 2012

CORRUPÇÃO CORRIQUEIRA


NOBRES:
A corrupção se instalou em quase a totalidade de segmentos da política brasileira, espalhou e contaminou o país. Um tema de grande relevância da campanha da fraternidade enfatizou à saúde pública. Entretanto está imbuída neste e nos demais setores o grande mau “o câncer imoral” como vem sendo tratado à corrupção em todos os setores ativos da política, principalmente da forma qualificada e que seus agentes discorrem sobre o tema com despudor e que consideram perfeitamente normais, a ponto que a exigência de habilitação no serviço público (não confundir com os servidores públicos) é acessada por qualificação escusas de seus agentes – ser maquiavélico e experiente na causa –. Por esta razão algumas perguntas me assaltam e ao mesmo tempo analisamos alguns questionamentos que nos trazem resposta mais explicita: a corrupção no nosso país vem crescendo nas últimas décadas? Porque o Congresso Nacional, na prática aboliu as cassações de mandato como forma de punição? Idêntico modo vem tomando corpo generalizado quanto aos estados e municípios. As Assembleias Legislativas dos Estados, sem exceção, pois os governadores ostentam a maioria – se desvirtuaram na prática e se transformaram em “secretarias legislativas” e sabem dizer “amém aos governadores” – faz muito tempo que apreciam vetos sem ter o pudor de mantê-los: contrariando a independência dos poderes: - isto é regra ditada por todo o poder legislativo das vinte e sete unidades da federação. E as Câmaras Municipais? – ora, cassaram alguns políticos que em sua sapiência eram realmente eram “ladrões”; entretanto, o que se constata, é que usaram dessa premissa, apenas para guardar interesses de uma “banda apodrecida” que sutilmente fazem parte deste contexto revelada através de ações que a sociedade perplexa tem vivenciado. Ora nestes municípios é notória a formação de coalizão de partidos dá sustentação aos governos e divide o poder com eles, com o intuito de promover o fortalecimento das bases “corruptas” que dão sustentação ao governo de plantão. Neste sentido a Ficha Limpa impede que o político eleito suje sua ficha dentro do parlamento, porém quase todos estão momentaneamente abrigados no Executivo. Os lobbies corruptores continuam cooptando parlamentares? A sanção social é uma forma eficiente para se coibir a corrupção? As possíveis respostas óbvias até, sinalizam que a corrupção agora está mais rasteira e que a classe política se apresenta com o perfil mais vulgar. Estarei sendo pessimista?  Acredito que o exercício democrático dos últimos anos tem funcionado como forma de aperfeiçoamento civilizatório, com avanços nos direitos da sociedade e uma melhor visão social. Mas é evidente que a vulgaridade moral em boa parte da classe política ainda prevalece. Nossa esperança é que o país e de forma existencial os estados e municípios, com uma população mais exigente, demandará melhores representantes num futuro já muito próximo. Com certeza, temos muito que caminhar para o bom combate aos pecados sociais que prevalecem nas nossas instituições: política sem princípios; riqueza sem trabalho; prazer sem consciência; conhecimento sem caráter; negocio sem moral; ciência sem humanismo; religião sem sacrifício e direito sem responsabilidade. Um desses princípios é fundamental o eleitor deixar de ser parceiro do político em toda sua amplitude. Pecados identificados por um dos filósofos que nos legou experiência e ensinamentos, que sempre deram definições as mais belas. Na hora em que valorizarmos a Educação e aperfeiçoarmos a Justiça, aí sim, seremos uma grande nação.
Antônio Scarcela Jorge

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