NOBRES:
A corrupção se instalou em quase a
totalidade de segmentos da política brasileira, espalhou e contaminou o país.
Um tema de grande relevância da campanha da fraternidade enfatizou à saúde
pública. Entretanto está imbuída neste e nos demais setores o grande mau “o
câncer imoral” como vem sendo tratado à corrupção em todos os setores ativos da
política, principalmente da forma qualificada e que seus agentes discorrem
sobre o tema com despudor e que consideram perfeitamente normais, a ponto que a
exigência de habilitação no serviço público (não confundir com os servidores
públicos) é acessada por qualificação escusas de seus agentes – ser maquiavélico
e experiente na causa –. Por esta razão algumas perguntas me assaltam e ao
mesmo tempo analisamos alguns questionamentos que nos trazem resposta mais
explicita: a corrupção no nosso país vem crescendo nas últimas décadas? Porque
o Congresso Nacional, na prática aboliu as cassações de mandato como forma de
punição? Idêntico modo vem tomando corpo generalizado quanto aos estados e
municípios. As Assembleias Legislativas dos Estados, sem exceção, pois os
governadores ostentam a maioria – se desvirtuaram na prática e se transformaram
em “secretarias legislativas” e sabem dizer “amém aos governadores” – faz muito
tempo que apreciam vetos sem ter o pudor de mantê-los: contrariando a
independência dos poderes: - isto é regra ditada por todo o poder legislativo
das vinte e sete unidades da federação. E as Câmaras Municipais? – ora,
cassaram alguns políticos que em sua sapiência eram realmente eram “ladrões”;
entretanto, o que se constata, é que usaram dessa premissa, apenas para guardar
interesses de uma “banda apodrecida” que sutilmente fazem parte deste contexto
revelada através de ações que a sociedade perplexa tem vivenciado. Ora nestes
municípios é notória a formação de coalizão de partidos dá sustentação aos
governos e divide o poder com eles, com o intuito de promover o fortalecimento
das bases “corruptas” que dão sustentação ao governo de plantão. Neste sentido
a Ficha Limpa impede que o político eleito suje sua ficha dentro do parlamento,
porém quase todos estão momentaneamente abrigados no Executivo. Os lobbies
corruptores continuam cooptando parlamentares? A sanção social é uma forma
eficiente para se coibir a corrupção? As possíveis respostas óbvias até,
sinalizam que a corrupção agora está mais rasteira e que a classe política se
apresenta com o perfil mais vulgar. Estarei sendo pessimista? Acredito que o exercício democrático dos
últimos anos tem funcionado como forma de aperfeiçoamento civilizatório, com
avanços nos direitos da sociedade e uma melhor visão social. Mas é evidente que
a vulgaridade moral em boa parte da classe política ainda prevalece. Nossa esperança
é que o país e de forma existencial os estados e municípios, com uma população
mais exigente, demandará melhores representantes num futuro já muito próximo. Com
certeza, temos muito que caminhar para o bom combate aos pecados sociais que
prevalecem nas nossas instituições: política sem princípios; riqueza sem
trabalho; prazer sem consciência; conhecimento sem caráter; negocio sem moral;
ciência sem humanismo; religião sem sacrifício e direito sem responsabilidade. Um
desses princípios é fundamental o eleitor deixar de ser parceiro do político em
toda sua amplitude. Pecados identificados por um dos filósofos que nos legou
experiência e ensinamentos, que sempre deram definições as mais belas. Na hora
em que valorizarmos a Educação e aperfeiçoarmos a Justiça, aí sim, seremos uma
grande nação.
Antônio Scarcela Jorge
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