terça-feira, 24 de abril de 2012

EDUCAÇÃO O BÁSICO PARA NAÇÃO


NOBRES:
Uma coisa que ainda não despertou atenção da sociedade escapada pelo diário dos acontecimentos de ordem política onde a retórica capitula os mais absurdos atos de corrupção entre seus agentes, onde Carlinhos Cachoeira é a grande glória da corrupção nacional, ocupando espaço na mídia, de forma heroica e insofismável, sempre aplaudido por uma força de políticos que estão no poder tanto no plano nacional, estadual e municipal: - oh gente, por interesses comuns - eles comentam na nossa frente com a “cara mais limpa do mundo” – diz o adágio popular: - quem apoia ladrões é um conceito abstrato – até justificam de forma estapafúrdia que Cristo, morreu ladeado por ladrões! - E esta não é a questão nos dias atuais. Neste estágio material terreno e real, a sociedade não toma parte das ações projetadas para os setores ativos de governo colimado pela vivência do povo. Esse conceito desta forma nos deriva para encontrar razões dos nossos comentários para expor o centralizado senso crítico de opinião especialmente a setores do governo da República. Um desses análogos é a sequencia de uma política para Educação no sentido de fomentar e “aperfeiçoar” os projetos direcionais especificamente para Pasta. Os projetos da Educação despertou atenção para realização de delineias que apenas tem novas denominações e que foram criados no final da década de 90. É notório dizer que uma Pasta seria essencialmente técnica, mas virtualmente não é. O Ministério da Educação foi, durante muito tempo, simples peça no tabuleiro de alianças políticas. Mesmo no regime militar, quando se fazia política nas sombras. Na redemocratização, o problema educacional se impôs e, a partir de FHC, formou-se um consenso sobre a importância estratégica do setor. Atingindo este patamar, o MEC, em alguns momentos mais e em outros menos, passou a ser gerido, de forma tácita, dentro de uma visão de Estado, por sobre governos. Paulo Renato Sousa, ministro de FHC, criou o Provão. Exame para mensurar a qualidade de ensino universitário. A mesma linha de trabalho foi estendida, depois de 2003, com Lula e PT em Brasília copiou-se uma “nova dinâmica” do modelo de FHC. O Enade, nova sigla do Provão, Saeb, Enem, são testes cuja filosofia se origina na década de 90, com a chegada dos tucanos ao poder. Se com Paulo Renato a meta era quantitativa – universalizar a matricula no ensino fundamental: ela foi atingida, já no final do segundo mandato de FHC. Aí; ficava visível a imperiosidade de os esforços serem dirigidos à melhoria de qualidade do ensino. No primeiro mandato de Lula, o governo caiu no desvio da prioridade ao ensino superior. Felizmente, no segundo, o rumo do Planalto mudou de direção e foi lançado o Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE), marco zero do imprescindível envolvimento do governo federal no ensino básico, de responsabilidade legal de estados e municípios. O atual Ministro Aloizio Mercadante recebeu o MEC de Fernando Haddad para dar continuidade à missão de Estado de colocar a qualidade na escola pública, em 2020, no mesmo nível dos países da OCDE em 2003. Ao todo, são 20 metas pactuadas entre governo e sociedade, por meio de organizações sociais. Mas é preciso aumentar a velocidade dos avanços. Entretanto ascendeu “o sinal amarelo” para este, que apenas começou. O Ministro Mercadante que tem formação acadêmica na área de economia (Economista) e que na prática poderia ser essencialmente técnico, mas um político com razoável sucesso em sua carreira em tratando de pleito eleitoral que disputou: - vem ao caso, esta é a razão-. Defende a concessão de bônus em dinheiro, com a fixação de metas, para escolas eficientes na alfabetização. É boa política, por mais que sindicatos corporativistas reclamem. Na questão dos gastos, o novo ministro precisa escapar das armadilhas de despesas vistosas, boas para marketing, porém ineficazes de ponto de vista pedagógico. É o caso da anunciada compra de 900 mil tablets, dentro do programa Um Computador por Aluno (UCA). Por ele, foram adquiridos mais de dez mil laptops, distribuídos em cinco cidades-piloto, mas a maior parte dos computadores não foi entregue a tempo, não havia infraestrutura em muitas escolas para os equipamentos, suporte técnico inexistente e treinamento de professores deficiente. Dinheiro jogado fora. Ainda bem que a ânsia corrupta de certos agentes não funcionou: foi o dinheiro desvanecendo do erário público. Como supostamente não houve desvios, porém permanece a cultura do desleixo e da irresponsabilidade. Resta como sempre a lição para o ministro é que não caia no discurso fácil de só pedir mais recursos ao Tesouro, sem cuidar da qualidade dos gastos.
Antônio Scarcela Jorge

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