domingo, 1 de abril de 2012

PRIORIDADE NA EDUCAÇÃO

NOBRES:
Nos anos eleitorais, aliás, em qualquer tempo, os gestores municipais priorizam as eleições como forma elementar de manutenção do poder. Por outro lado a maioria do eleitor profundamente insensato apoia, seguindo vertentes festivas quando se comemora eventos com “bandas de forró” em que seus empresários, são fonte de superfaturamento das fraudulentas licitações bem a modo de quem promove: aniversário do Prefeito, numa forma acintosa de promoção eleitoreira. Onde nunca se ouvir falar em comemoração em praças públicas o aniversário do presidente da República.  e do governador do Estado. Para esse desleixo com o erário, volta-se pedir providências do Ministério Público, que retome ações neste sentido, desconectando essa cadeia de infratores, pois é função atentar para o seu dever de ofício. É logo dizer, que os objetivos também do gestor, é concentrar sua visão de responsabilidade, principalmente pelos problemas vivenciados pela população concernentes à saúde, educação e infraestrutura e que faz rogar diariamente, sempre em resposta, enveredam pela mais estapafúrdia desculpas de praxe, que brevemente darão solução. Mas parece que a sociedade não mais acredita nas “palavras” evasivas e inconsistentes desses gestores acudida “por porta vozes” de plantão, os paladinos da verdade e da razão - “deles”-. Deveriam saber que por traz dessa “fumaça” existem mais problemas para serem resolvidos e que parecem inexistir. Vamos olhar para Educação, já não mais me reporto na Saúde, um esteio de descalabro que um dia qualquer será tomado providências por setores de fiscalização do Estado Brasileiro. A Educação, que fisicamente resiste. Por esta razão partindo das raízes à nível BRASIL, onde o Ensino é de má qualidade, falta de professores qualificados especialmente nas áreas de 1º grau e taxa de evasão altíssima. Segundo os últimos dados divulgados pelo movimento “Todos pela Educação” com base no Censo de 2010, 3,8 milhões de crianças e jovens de 4 a 17 anos estão fora da escola. Será que no setor paroquial é diferente? – talvez não sejam observado mais uma questão que passa em branco dos noticiosos dessas prefeituras que se escuta como uma edilidade otimizada, comparada a prefeitura de París? – me engana que eu gosto! – Soma-se a isso a onda de violência, que há tempos deixou de ser exclusividade dos grandes centros e tomou outras regiões, pintando um quadro alarmante de crimes e agressões, muito deles até mesmo dentro das escolas em que os professores já dão aula com medo. Cabe ao Estado e a sociedade civil repensar juntos o país que queremos legar às próximas gerações. A Declaração Universal dos Direitos Humanos afirma explicitamente que a educação deve “visar à plena expansão da personalidade humana e ao reforço dos direitos do homem e das liberdades fundamentais, devendo favorecer a compreensão, a tolerância e a amizade entre todas as nações e todos os grupos raciais e religiosos”. Por isso tudo, é deplorável constatar que, em um país que precisa investir maciçamente em qualificação, tantas crianças ainda sejam obrigadas a trocar a escola por subempregos ou pelas ruas porque o direito de aprender foi negado. Vivemos numa época em que, de um lado, se define a ‘sociedade de conhecimento’ , exigindo, cada vez, um domínio acelerado das formas de sistematizar e utilizar a informação. De outro lado, o monopólio desse conhecimento, da ciência, da técnica e sua incorporação ao processo produtivo intensificam a exclusão. Nosso desafio é vencer essa dicotomia, mesmo dentro de um contesto de prioridade eleitoral partindo dos pequenos e médios municípios, que um dia a sociedade alijará desses conceituosos da ignorância, no sentido de converter o Brasil com condições de assegurar aos nossos cidadãos os conhecimentos, as competências e as qualificações que necessitam para o mercado de trabalho. Unindo esforços e focando em objetivos comuns, é possível mudar esses números e dar cores mais alegres e vivas para uma questão que não pode mais esperar. Fica responsável o eleitor mudar o quadro político, pertence somente a ele, se continuar é mais uma vez, padecer e não resolver as questões como esta, com soluções facilmente encontradas por quem tem a plenitude ética e de bem servir a nação, o estado e municípios.
Antônio Scarcela Jorge   

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