NOBRES:
Na
movimentada história administrativa brasileira aumenta a consciência da
sociedade que é preciso avançar na luta contra os tentáculos da corrupção e
enquadrar aqueles que manipulam o poder do dinheiro. Sem embargo do trabalho
obstinado das instituições encarregadas do controle governamental, a
continuidade dos abusos, das fraudes e dos escândalos, estarrece o cidadão,
ferem o primado do Direito e agride a luta contra a impunidade, esta última
fonte perversa do desrespeito a coisa pública. É preciso implantar nas
comunidades brasileiras um combate coletivo contra a corrupção aspecto
exclusivo da sociedade e do seu clamor por maior transparência, planejamentos,
serviços públicos de qualidade e resultados objetivos. O tema ganha maior
repercussão e indignação quando se constata os desvios ocorrem, em maior quantidade,
em áreas estratégicas vinculadas à serviço da educação, saúde e segurança
pública, numa dispersão de recursos que afeta substancialmente a vida das
pessoas, a capacidade de o país crescer, de gerar empregos e combater as
desigualdades sociais. Cego pela obsessão do poder, não sabe que a “as cortinas”
se abrem para um horizonte retratando a sociedade racional se encontra pronta
para o momento oportuno dar o seu veredito. Neste mesmo existe uma junção de
propostas no sentido comum e natural vivenciado pelo político que optou como
profissão. - Tem “larápios” e
bajuladores com a coragem de se mostrar nas ruas – alimentado pelo cinismo
característico de seu caráter e, fingir que são pessoas de bem – será que
alguns no seu íntimo percebem a ausência de consciência e de dormir bem? Eis a
questão atributo dessa gente apodrecida pela moral e, de defender o imoral.
Será que tem a coragem de prosseguir com a carreira política profissional que transportam
por várias décadas? Tentando enganar a humilde população por conveniência
torna-se parceira de políticos que carregam o vício pronto para comprar o voto
do carente e ainda do eleitor despudorado! O desvio de recursos é consequência
de um vergonhoso conluio entre gestores, políticos e servidores, representação
perversa do avanço sobre os cofres da União, do esvaziamento ético e de abalos
no mundo dos valores. Nos últimos anos no nosso Estado através da Corte de
Contas dos Municípios - TCM exige uma conta que até agora não foi paga de agentes
públicos dos municípios fruto de aplicações indevidas dos recursos quando
estiveram a frente da gestão municipal. Por outro lado, está revelado que,
entre outros males, a corrupção está assentada em obras inacabadas, projetos
malfeitos, serviços recebidos antecipadamente, aditivos resultantes de
alterações de cronogramas, cobranças indevidas de impostos, num fragrante
elenco de trapaças, ofensa a norma jurídica aos padrões morais exigidos no
trato da coisa pública e princípios de administração. O povo, coitado, se
contenta na elaboração de eventos festivos uma prática acalentada pelo povo. “Pão e circo” é ilusão momentânea, a sua
eficácia dura o tempo de ter sido saciada “a fome e o lazer”. Na amplitude
dessa questão objetivamente: - O regime democrático é incompatível com essas
aventuras geralmente associadas a uma cultura deletéria impregnada pelo estigma
a crença da impunidade e por condutas condenáveis de pessoas e setores sem
compromisso com a probidade e a ética de bem administrar. É preciso implantar
em termos generalizados uma batalha plural contra corrupção: - reiteramos- com
representação exclusiva da sociedade racional e de seu clamor por maior
transparência. Os mecanismos existem por excelência – é só consultar o Portal
da Transparência do TCM onde a sociedade vai encontrar o real acinte aos
princípios éticos da imoralidade, da roubalheira, ali, se consegue desmitificar
os “santinhos” da política os reais usurpadores do erário e, ainda culpa “erros
de atecnias” uma nova moda lançada na praça para tentar tapear a sociedade com
seus atos. Resta a população aderir as mobilizações promovidas pelos
organizadores e entidades civis instituídas objetivando sensibilizar
principalmente o ministério público para que dê impulso as suas atribuições. Neste
contexto, teremos que ser conscientes em exigir planejamento, serviços públicos
de qualidade e resultados objetivos. Torna-se inadiável vencer a cultura do
aparelhamento, do favorecimento por parte dos políticos, do patrimonialismo,
dos costumes anacrônicos afinados com fraudes, - do abuso do poder-, – da relação predatória
dos bens públicos para fins privados e do desrespeito aos interesses da
coletividade. É necessário institucionalizar o controle social por meio dos
quais os cidadãos avaliarão os serviços públicos, eliminar as dificuldades de
acesso às informações e contas públicas como acima relatei – e capacitar a
sociedade para controlar as políticas de desenvolvimento, visando torna-las
mais eficientes e com maior qualidade. Para que isso venha acontecer é provável
em função da conscientização de uma geração que tem maior consciência: é só
esperar. Por esta razão, a corrupção e a mudanças desse perverso costume, num medialíssimo
incomum para os nossos dias podendo ser combatida pela força solidária de seus
cidadãos unidos em torno da convicção de que o município, estado e país deve
ser lugar habitado por gestores públicos comprometidos por com os ideais
republicanos e, portanto, afastados da esperteza, do oportunismo, da
incompetência, e da irresponsabilidade fiscal. A administração pública precisa
exorcizar as praticas clientelista reforçar e estabelecer os mecanismos de
controle, privilegiar a competência, transparência e a ética; o cumprimento de
metas. Os gestores deveram se conscientizar que a parceria de seus servidores
não visa tão somente transformá-los “em manobra corporativista” e, sim, deva
atuar vinculado à utilização de novas tecnologias da informação. As ações
inovadoras, aos resultados, a um novo olhar profissional e a um desenho capaz
de superar as mazelas que corroem sua estrutura. Estamos convictos de que a
caminhada é longa, os retrocessos estão presentes, mas não desistimos da
certeza da implantação de uma administração pública eficiente, estratégica e
capaz de enfrentar suas incertezas e contradições e, projetar-se a serviço do
desenvolvimento.
Antônio
Scarcela Jorge
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