segunda-feira, 20 de agosto de 2012

ACHAQUE DE GERÊNCIA PÚBLICA


             É preciso arraigar-se no país uma batalha coletiva contra a corrupção por representação exclusiva da sociedade e do seu clamor por maior cristalinidade, planejamentos, serviços públicos de qualidade para ter amoldados resultados. O assunto ganha maior repercussão e indignação quando se constata os desvios ocorrem, em maior quantidade em áreas estratégicas vinculadas à serviço da educação, saúde e segurança pública; numa disseminação de recursos que afeta substancialmente a vida das pessoas, a capacidade de o país crescer, de gerar empregos e combater as desigualdades sociais. Dados recentes divulgados pela mídia nacional confirmaram que na última década, seis bilhões desapareceram por ano no percurso que leva os recursos federais aos municípios. No momento da campanha eleitoral em que buscam ou procuram retomar seus postos: - tem “larápios” e bajuladores com a coragem de se mostrar nas ruas-, manducados pelos os cinismos, característico do caráter peculiar dessas pessoas, fingidos serem de bem: será que na “alma” percebem a falta de consciência e de dormir bem? Eis a questão que emplaca nessa gente apodrecida pela moral, em defesa do imoral? Será que tem a coragem de prosseguir com a carreira política profissional que carregam por várias décadas? Tentando enganar a humilde população dos municípios em sua maioria considerados pequenos, que tem o intuito de até no presente “sensibilizá-los” pela compra do voto? Os desvios dos recursos que seriam aplicados na saúde, educação. O governo federal cobra formalmente, sem impunidade de seus parceiros de erário: R$ 1 bilhão as prefeituras de todo país. O desvio é resultado de uma vergonhosa cabala entre gestores, políticos e servidores e representação perversa do avanço sobre os cofres da União, do esvaziamento ético e de abalos no mundo dos valores. Nos últimos anos o TCM, exige uma conta que até agora não foi paga, de agentes públicos dos municípios, fruto de aplicações indevidas dos recursos. No período eleitoral, a Corte de Contas, modifica suavemente o interpretativo das ações, a que se transparece, por conveniência dos políticos, que retomam a direção em favor de seus aliados, retomando a desconfiança na Corte que seria eleger funções eminentemente técnicas.  Dentre estas questões estima que está revelado que entre outros males, tende manter a corrupção que está direccionalmente assentada em obras inacabadas, projetos malfeitos, serviços recebidos antecipadamente, aditivos resultantes de alterações de cronogramas, cobranças indevidas de impostos, num fragrante elenco de trapaças, ofensa a norma jurídica, aos padrões morais exigidos no trato da coisa pública e aos princípios de administração. O povo, coitado, se contenta na elaboração de eventos festivos que acalenta a irracionalidade convivente neste âmbito. O regime democrático é incompatível com essas aventuras, geralmente associadas a uma cultura deletéria impregnada pelo estigma a crença da impunidade e por condutas condenáveis de pessoas e setores sem compromisso com a probidade e a ética de bem administrar. É preciso implantar em termos generalizados no país uma batalha coletiva contra corrupção, em representação exclusiva da sociedade racional e de seu clamor por maior transparência. Mesmo assim é consultar o Portal da Transparência do TCM e nos leva a razão em sermos conscientes em exigir planejamento, serviços públicos de qualidade e resultados objetivos. Torna-se inadiável vencer a cultura do aparelhamento, do favorecimento por parte dos políticos, do patrimonialismo, dos costumes anacrônicos afinados com fraudes, do abuso do poder, da relação predatória dos bens públicos para fins privados e do desrespeito aos interesses da coletividade. É necessário institucionalizar o controle social por meio dos quais os cidadãos avaliarão os serviços públicos no sentido de eliminar as dificuldades de acesso às informações e contas públicas e capacitar a sociedade para controlar as políticas de desenvolvimento visando torna-las mais eficientes e com maior qualidade. Para que isso venha acontecer é provável em função da conscientização de uma geração que tem maior consciência – É só esperar-. Por esta razão, a corrupção e a mudanças desse perverso costume num meaníssimo incomum para os nossos dias. Quem pensa ser hereditário e deve ser combatida pela força solidária de seus cidadãos unidos em torno da convicção de que o Município, Estado e o País deve ser lugar habitado por gestores públicos comprometidos por com os ideais republicanos e, portanto, afastados da esperteza, do oportunismo, da incompetência, e da irresponsabilidade fiscal. A administração pública precisa exorcizar as praticas clientelista, reforçar e estabelecer os mecanismos de controle, privilegiar a competência, a transparência, a ética e o cumprimento de metas. Os gestores deveram se conscientizar que a parceria de seus servidores não visa tão somente transformá-los em manobra corporativista. Aperta-se o cerco e reduz-se o espaço para os velhos paradigmas. O Estado:- no Século XXI -, deve atuar vinculado à utilização de novas tecnologias da informação. As ações inovadoras, aos resultados e a um novo olhar profissional e a um desenho capaz de superar as mazelas que corroem sua estrutura. Estamos convictos de que a caminhada é longa, os retrocessos estão presentes, mas não desistimos da certeza da implantação de uma administração pública eficiente, estratégica e capaz de enfrentar suas incertezas e contradições para lançar a serviço do desenvolvimento.
Antônio Scarcela Jorge

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