terça-feira, 21 de agosto de 2012

OS VÍCIOS DE UMA ELEIÇÃO


        No período eleitoral em que os partidos políticos formalizam a escolha de seus candidatos aos pleitos majoritários e proporcionais se estabelece o abaulado método costumeiro dos pleiteantes em busca do voto onde o imperativo das ações se torna inversa daquilo que seria real. Existem causas e uma destas nos coloca como sendo permanente e imensurável. Desde o início do regime republicano até no cotidiano o que se observou foi a ausência de partidos ideológicos. Torna-se evidente a falta de conscientização do eleitorado em razão do imperativo dessas agremiações para escolha de candidatos próprios de sua legenda e ou as coligações, que permanecem contrárias as inúmeras consultas ao STF anteriormente e no presente se acham esquecidas. Conceituando o momento em que o eleitor busca melhor atenção onde setores de atividade deveriam se questionar sobre a precariedade que existente em função da qualidade que acentua: Um dos reflexos é o costume desacerbado do nosso povo que deixa de lado estas áreas essenciais para seus recursos naturais.   Como escolher? Partindo da premissa que só a educação transforma consciências enveredamos pelo atalho que algum dia pode transformar. - Não adianta falar para analfabetos de corpo e alma. Eles votam pelo “cabrestão” com formados plurais. O “analfabeto em tese” - aí se inclui todo grau de escolaridade: - estando muito acima para seus interesses bem comuns, não demonstra conceito nenhum e “basta estar de bem com a vida” no que seja bajular. Resultado: - Não há credibilidade e confiabilidade aquele por mais rudimentar que seja fluentemente assimila. Genericamente o povo é assim mesmo. Não pensem que nos outros lugares é diferente. Nova-Russas, aparentemente é uma cidade elitizada culturalmente, mas na proporção maior no outro cultivo verdadeiro é a mesma coisa. Por exemplo, já trocaram de tudo, por tudo e, por nada; em proveito do povo, fica a margem dessas implicações. “Vem por aí” as eleições, em vez de priorizar programas e intenções para melhoria da educação, saúde e infraestrutura enveredam na parceria, - eleitos e, “eleitores de posse modéstia”- são fiéis “interativos” no ofício de negociação dos votos. Anteriormente eram trocados os votos por filtros de água, por prótese dentária, por óculos, etc... Mais a cotação subiu assustadoramente, e também reuniu outros “valores”? Para participar do rótulo da “bolada” onde a sociedade identifica de pronto. As ações de segmentos modificam a cada dia de acordo com conveniências de grupos potencialmente dominantes. Se estimar em função da estabilidade econômica aparente estimula a ruma de dinheiro atirado pela janela no limiar da campanha em todo território nacional. Isso acontece permanentemente não é só aqui não! Desde o Ceará até os Estados do Rio de Janeiro e São Paulo, centros nacionais tidos como de maior projeção econômica e cultural do país seguem o mesmo “ritmo”. Formular propostas neste pleito na realidade é ação descabida, prever-se mais uma vez o fundamental para se eleger é a compra do voto, que se enquadra no maior segmento dos eleitores que ostenta a mais completa miséria do nosso povo. Sendo assim mais uma vez o país experimentará o comprometimento em diminuir as desigualdades sociais, não pode admitir práticas vetustas como essas. Mas acontecem diariamente. As mudanças em geral se tornam inóxias. Enquanto os nossos olhos permanecerem com o “cisco” achando isso normal, cegaremos por inércia absoluta. Não basta escolher nossos representantes. É preciso cobrar deles. Temos que criticar, elogiar, dar sugestão. Isso é exercer a nossa cidadania, não podemos abrir mão do nosso direito. Sabemos que eles irão estranhar, principalmente por não pedir nada a eles, sim, pedimos ações e programas sociais viáveis. Para isto temos que saber escolhê-los também se insere a nossa capacidade de escolha que não é nada fácil. Precisamos acabar com esse endeusamento aos representantes do povo em todas as esferas de poder. O arrogante e o prepotente é um natural ilícito – “eles nem de longe são deuses” - são pessoas como nós-: todavia; como uma responsabilidade muito maior, com sérios riscos de abusar do poder e, perder esse poder. Em síntese, se pelo menos 1/3 dos eleitores fizessem o uso da discordância e não bajular-se literalmente desses políticos, talvez funcionasse melhor, se não as leis, pelo menos, a justiça. Aí daríamos a importância no processo continuado de plena democratização que começa pelo município.

Antônio Scarcela Jorge        

Um comentário:

  1. aro Scarcela Jorge, resido em São Paulo há cerca de 15 anos, e permita-me descordar em alguns pontos (CE e SP)pois Lá como cá, disse você, é tudo igual.Não diria que não rola o capital para alguém chegar ao poder, más existe uma diferença enorme de costumes ou de conduta dos eleitores da grande são paulo e embora que este universo seja composto por muitos de origens do nordestino o qual pertenço. Nossas eleições municipais costumam ser calorosas, com muita compra de votos, e alguns políticos e assim também alguns eleitores perdem totalmente o foco ou seja a discussão sobre os problemas e soluções para a cidade, a coisa esquenta ao ponto de partir para as ofensas e ataques pessoais descabidos ou seja em determinado ponto da campanha o município fica de lado e aí meu amigo ja viu né é aquela baixaria, ninguém mais quer saber de nada sobre os projetos políticos ou programas sociais de maior valor para a cidade. Isto é uma realidade aí e NÃO cá! Meu Nordeste, meu Sertão, composto pelo o nosso povo e nossa gente, não é hora de brigar cidadãos! nossa história política é conturbada e marcada por crises,rompimentos,lutas e torturas contra a DITADURA. O voto direto foi uma conquista com muita luta e derramamento de sangue de nossos patrícios, nossa democracia ainda é jovem, porém nossas instituições políticas estão amadurecendo, a cassação dos políticos corruptos é um exemplo. No regime democrático a lei é para todos, portanto os políticos que a todo custo queiram se manter no poder e na forma do CORONELISMO, digo a estes que: "estão desatualizados, ultrapassados e com seus dias contados no governo, pois a revolução tecnológica, os meios de comunicações, os direitos a informação e publicidade dos atos do governo e demais mecanismos constitucionais TANTO CÁ COMO LÁ (SP e CE) cada vez mais, vem sendo utilizados para o fortalecimento da democracia". Assim senhores, a campanha eleitoral é o momento oportuno para a ocorrência do debate político entre os candidatos, na qual consiste da apresentação de propostas e soluções de problemas para a cidade, posteriormente seguindo uma lógica, surgi a faculdade ou uma oportunidade ao eleitor, que por sua vez poderá fazer um juízo de valor e assim ESCOLHER os candidatos, sejam estes prefeitos e vereadores, ou seja, aqueles que apresentaram o melhor projeto para o desenvolvimento futuro do município. Diferentemente de venda ou compra de votos, trocas de farpas e ofensas individuais, tudo isto em nada contribuirá para de uma NOVA RUSSAS MELHOR. Ao tecer estas palavras SR. SCARCELA, estou convencido uma coisa, de que as nossas opiniões podem ser diversas em alguns pontos nos comentários, más não serão quando tratar de assuntos de interesses e desenvolvimento da nossa querida NOVA RUSSAS.

    "Um Forte Abraço aos meus conterrâneos em especial ao povo da Nova Betânia"

    ELISEU - SÃO PAULO

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